A crescente incorporação da tecnologia nos diversos segmentos da medicina, particularmente na radiologia, vem contribuindo para um diagnóstico cada vez mais precoce e acurado das diferentes patologias, trazendo imensuráveis benefícios aos pacientes. Certamente, em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), a precocidade no diagnóstico e na detecção de possíveis complicações influencia, decisivamente, a conduta terapêutica e, em última análise, o prognóstico do paciente. O presente artigo abordará o atual papel dos diferentes métodos de diagnóstico por imagem nas patologias mais freqüentes em UTIs.
APARELHOS CARDIOVASCULAR E PULMONAR
A análise radiológica do aparelho cardiovascular basicamente é feita através da radiografia de tórax no leito, com aparelho portátil, em incidência anteroposterior e com o paciente em decúbito dorsal. Desta forma, a qualidade da imagem é inferior em relação àquela obtida no departamento de radiologia, em virtude da menor distância foco filme e posição supina, das características técnicas dos aparelhos móveis, da não utilização de grades de filtragem e, também, de possíveis imperfeições no processo de revelação do filme. Eventualmente, para melhor elucidação diagnóstica, utilizam-se incidências laterais. A radiografia digital, de utilização mais recente, possibilita, pela conversão de imagens analógicas em digitais, que estas sejam armazenadas e posteriormente manipuladas, melhorando suas características diagnósticas, tais como grau de exposição, brilho e contraste, reduzindo a repetição de exames e irradiação desnecessária dos pacientes. Também permite a reprodução das grafias sempre que desejável e, principalmente, a transmissão, à distância, das informações, tecnologia esta conhecida como telerradiologia, com acesso rápido das imagens e laudos por todo o ambiente hospitalar, em especial as UTIs.
Radiologia Convencional X Digital em UTI
Desvantagens da Radiologia Convencional em UTI
-Posição supina e menor distância foco filme ampliação do mediastino e coração, menores volumes pulmonares e análise prejudicada da trama pulmonar.
- Uso de aparelhos móveis exposições prolongadas, possibilitando artefatos de movimento.
- Não utilização de grades de filtragem aumento da radiação espalhada.
- Erros no processo de revelação degradação da qualidade final da imagem.
- Uso de aparelhos móveis exposições prolongadas, possibilitando artefatos de movimento.
- Não utilização de grades de filtragem aumento da radiação espalhada.
- Erros no processo de revelação degradação da qualidade final da imagem.
Vantagens da Radiologia Digital em UTI
- Redução significativa da repetição de exames, diminuindo exposição à radiação.
- Possibilidade de pós-processamento das imagens em diferentes formatos, melhorando a qualidade das imagens e capacidade diagnóstica.
- Capacidade de armazenamento e transmissão dasimagens.
- Possibilidade de pós-processamento das imagens em diferentes formatos, melhorando a qualidade das imagens e capacidade diagnóstica.
- Capacidade de armazenamento e transmissão dasimagens.
Atelectasia
Condição muito freqüente em UTI, resultante, geralmente, de hipoventilação pulmonar, anestesias prolongadas, posição supina, secreções pulmonares, pós-operatório e do mal posicionamento de cânulas endotraqueais. Acomete, preferencialmente, o lobo inferior esquerdo (66%), seguido dos lobos inferior (22%) e superior (11%) direitos. O diagnóstico radiológico diferencial deve ser feito com outras causas de consolidação pulmonar, como pneumonia, hemorragia, infarto pulmonar, devendo-se valorizar a evolução temporal dos achados, uma vez que as mudanças na atelectasia ocorrem em horas e as demais, em dias. A apresentação radiológica é variável, desde uma radiografia normal, ou com os clássicos sinais de desvio ipsilateral das cissuras, do mediastino, dos arcos costais e das estruturas broncovasculares e elevação do hemidiafragma. Outros sinais indicativos de atelectasia são a presença de velamentos lineares ou discóides, associados ou não a broncograma aéreo ou até consolidação lobar. Quando a atelectasia cursa com ausência de broncograma aéreo, sugere a presença de obstrução da luz brônquica, possivelmente secundária à rolha de secreção, orientando, desta forma, a conduta terapêutica. ( figura nº 1 )
( figura nº 1 )
Pneumonia
A pneumonia hospitalar apresenta uma incidência em torno de 8% a 12% em UTIs clínicas e cirúrgicas, atingindo uma taxa de até 60% nos pacientes com síndrome da angústia respiratória do adulto (SARA) e uma mortalidade variando entre 13% a 55%. Em ambientes de UTIs, predominam, como agentes etiológicos, as bactérias aeróbicas gram-negativas (Pseudomonas, Enterobacter, Klebsiella, Proteus, Acinetobacter, Serratia, Haemophilus), o Staphylococcus aureus e a Candida. Na grande maioria das vezes, há uma prévia colonização da orofaringe, bem como do estômago, principalmente quando existirem níveis mais elevados de pH gástrico, antes do desenvolvimento do quadro pneumônico. Os parâmetros utilizados para o diagnóstico da pneumonia são a presença de febre, leucocitose, leucopenia, isolamento microbiológico do agente em secreção traqueal e velamento na radiografia após setenta e duas (72) horas de internação. É importante ressaltar que estes critérios não são específicos da pneumonia, podendo ocorrer em outras condições clínicas. O diagnóstico radiológico baseia-se no aparecimento de velamento segmentar lobar ou difuso, do tipo alveolar, ou seja, com bordas mal definidas, com broncograma
aéreo e sinal da silhueta.
A pneumonia hospitalar apresenta uma incidência em torno de 8% a 12% em UTIs clínicas e cirúrgicas, atingindo uma taxa de até 60% nos pacientes com síndrome da angústia respiratória do adulto (SARA) e uma mortalidade variando entre 13% a 55%. Em ambientes de UTIs, predominam, como agentes etiológicos, as bactérias aeróbicas gram-negativas (Pseudomonas, Enterobacter, Klebsiella, Proteus, Acinetobacter, Serratia, Haemophilus), o Staphylococcus aureus e a Candida. Na grande maioria das vezes, há uma prévia colonização da orofaringe, bem como do estômago, principalmente quando existirem níveis mais elevados de pH gástrico, antes do desenvolvimento do quadro pneumônico. Os parâmetros utilizados para o diagnóstico da pneumonia são a presença de febre, leucocitose, leucopenia, isolamento microbiológico do agente em secreção traqueal e velamento na radiografia após setenta e duas (72) horas de internação. É importante ressaltar que estes critérios não são específicos da pneumonia, podendo ocorrer em outras condições clínicas. O diagnóstico radiológico baseia-se no aparecimento de velamento segmentar lobar ou difuso, do tipo alveolar, ou seja, com bordas mal definidas, com broncograma
aéreo e sinal da silhueta.
OBS: outras informações e patologias no link abaixo.